Quem é essa mulher que acorda antes das seis da manhã e inicia seu dia cuidando do seu corpo e sua mente, antes de se submeter a um terninho cinza discreto para enfrentar uma árdua jornada de trabalho? Quem é essa mulher que volta seu olhar aos seus filhos antes de deixar seu lar e se vê envolvida por um profundo sentimento de culpa? A ausência nos traz este sentimento. Quem é essa mulher que de longe socorre os filhos nas tarefas escolares com remessa de arquivos extraídos de pesquisas pela internet e mesmo diante de tantos documentos, compromissos, dificuldades, ainda consegue estar presente? E que ainda tem ouvidos para acolher um colega de trabalho que em lágrimas depõe suas dores? E ouve atentamente todos os seus encargos e com solidariedade conduz seu trabalho de forma leve e eficaz?
Essa mulher-maravilha que se faz presente em vários lugares ao mesmo tempo é a mulher de hoje, que é mãe e filha, profissional e mulher, uma mistura explosiva de funções e habilidades que a transforma em rainhas, sereias, prisioneiras dos seus próprios destinos.
Essa mulher faz mágica. É malabarista! E se confunde em papéis, externos e internos, entre flores, dores e ordens, entre canetas, batons, livros, cremes e anéis. E se divide em pequenos espaços no seu tempo. O seu tempo é outro! È rápido demais e bem racionalizado. Em casa, no salão, em reuniões de escola, no trabalho, na academia... Ela se desdobra e vence.
Essa mulher merece muito respeito e compreensão, pois ainda contribui com as despesas do lar, mesmo percebendo um salário aquém do homem que ocupa o seu mesmo cargo. Competência tem de sobra, galga longe e com maestria. É a mulher maravilha, é a mulher dos dias de hoje.